Da decadência de um Povo e de um Estado
Um povo sem força, sem energia, incapaz de se reinventar, de criar novos deuses de ir mais além, um povo iletrado, preso à mediocridade de uma vida quotidiana que não passa, também ela, de medíocre. Um país que bebe das televisões a crise em que vive, gente que se inspira nas opiniões dos incapazes que a fazem para formar a consciência da sua própria desgraça.
Não passaram seis meses da eleição de um governo maioritário e ouve-se todo o país a carpir.
Nas últimas eleições houve uma maioria silenciosa que elegeu um governo no qual não acreditava, uma maioria que não saiu à rua, que não se motivou, que nunca acreditou, uma maioria silenciosa que sabia que do outro lado era ainda pior, e nesse domingo saiu de casa e foi votar. Uma maioria silenciosa que já fora uma minoria ruidosa em 1995 e 1999.
Um povo que quer governantes mas não quer ser governado, um país imbecilizado pelo egocentrismo de um sucesso imediato, gente incapaz de compreender e aceitar perder privilégios que a maioria não tem, gente que berra nas ruas pelo simples prazer de grunhir em defesa de corporativismos escabrosos e sindicalismos bacocos. Júlio César dissera em Roma “Há nos confins da ibéria um povo que nem se governa, nem se deixa governar...”
Mas este povo, esta maioria silenciosa, consciente da sua decadência pessoal ainda não se consciencializou da sua decadência colectiva, ainda não se apercebeu que o regime está a chegar ao fim. Um modelo económico esgotado, que não tem por onde crescer, um modelo político que não tem mais nada para acrescentar e um sistema mediático que anuncia a podridão em parangonas e aberturas de telejornal.
E este povo iletrado vai escolhendo, ora os da direita, ora os da esquerda para os governar, tendo como único critério uma alternância podre. Por isso, nem os da esquerda se querem juntar aos da direita nem os da direita se querem juntar aos da esquerda para que se pensasse um novo modelo para o país; administrativo, politico, fiscal, económico e social. Com essa soma de duas mediocridades, e sem altermativa visível, o povo decadente que vive num estado decadente, mas não o sabe, talvez despertasse e fosse a terreiro hastear novas bandeiras. E eles não querem isso.
Não passaram seis meses da eleição de um governo maioritário e ouve-se todo o país a carpir.
Nas últimas eleições houve uma maioria silenciosa que elegeu um governo no qual não acreditava, uma maioria que não saiu à rua, que não se motivou, que nunca acreditou, uma maioria silenciosa que sabia que do outro lado era ainda pior, e nesse domingo saiu de casa e foi votar. Uma maioria silenciosa que já fora uma minoria ruidosa em 1995 e 1999.
Um povo que quer governantes mas não quer ser governado, um país imbecilizado pelo egocentrismo de um sucesso imediato, gente incapaz de compreender e aceitar perder privilégios que a maioria não tem, gente que berra nas ruas pelo simples prazer de grunhir em defesa de corporativismos escabrosos e sindicalismos bacocos. Júlio César dissera em Roma “Há nos confins da ibéria um povo que nem se governa, nem se deixa governar...”
Mas este povo, esta maioria silenciosa, consciente da sua decadência pessoal ainda não se consciencializou da sua decadência colectiva, ainda não se apercebeu que o regime está a chegar ao fim. Um modelo económico esgotado, que não tem por onde crescer, um modelo político que não tem mais nada para acrescentar e um sistema mediático que anuncia a podridão em parangonas e aberturas de telejornal.
E este povo iletrado vai escolhendo, ora os da direita, ora os da esquerda para os governar, tendo como único critério uma alternância podre. Por isso, nem os da esquerda se querem juntar aos da direita nem os da direita se querem juntar aos da esquerda para que se pensasse um novo modelo para o país; administrativo, politico, fiscal, económico e social. Com essa soma de duas mediocridades, e sem altermativa visível, o povo decadente que vive num estado decadente, mas não o sabe, talvez despertasse e fosse a terreiro hastear novas bandeiras. E eles não querem isso.
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