Portela.... 7.30 da manhã
Hoje de madrugada, uma mulher chegou num avião ao aeroporto da portela, esperou pelas malas (como qualquer um), saiu da zona de desembarque, olhou á volta não viu policias no aeroporto aquela hora, foi tomar a bica, acendeu um cigarro, deu uma vista de olhos nos jornais de ontem, acendeu outro cigarro, assistiu à abertura de uma loja de perfumes, foi carregar o telemóvel ao Multibanco, acendeu outro cigarro, pediu uma agua com gás, pagou a despesa à pressa porque vira um tipo de azul que afinal era da limpeza das casas de banhos, voltou para trás e acordou um advogado qualquer com o saldo que entretanto chegara ao telemóvel.
Ao fim de duas horas quando avistou um policia dirigiu-se ao homem e disse:
-Sou a Dra Fátima Felgueiras e estou aqui para que me prendam!
-Desculpe, minha senhora, mas eu não sei do que está a falar e já devia saber que não pode deixar as malas para trás. Aquelas duas sacas, ali no bar são da senhora?
-Eu vim do Brasil para ser presa, meu anormal!
-Minha senhora, não pode falar assim com a autoridade!
-Olhe lá ó monte de esterco, onde é que anda o seu chefe?
-MINHA SENHORA, VOU TER DE A DETER!
Estou ansioso pelos telejornais, onde os pivots lerão sem se rir a frase:”Uma detenção que resulta de um esforço conjunto de magistrados e forças policiais.” E onde uma ou duas hienas jurídicas (a escolha do animal prende-se com os seu hábitos alimentares e não com os sexuais), que este país sustenta, afirmarão que “Se realizou o Estado de Direito Democrático…”, “A justiça funciona…” e outras tretas do género.
Ao fim de duas horas quando avistou um policia dirigiu-se ao homem e disse:
-Sou a Dra Fátima Felgueiras e estou aqui para que me prendam!
-Desculpe, minha senhora, mas eu não sei do que está a falar e já devia saber que não pode deixar as malas para trás. Aquelas duas sacas, ali no bar são da senhora?
-Eu vim do Brasil para ser presa, meu anormal!
-Minha senhora, não pode falar assim com a autoridade!
-Olhe lá ó monte de esterco, onde é que anda o seu chefe?
-MINHA SENHORA, VOU TER DE A DETER!
Estou ansioso pelos telejornais, onde os pivots lerão sem se rir a frase:”Uma detenção que resulta de um esforço conjunto de magistrados e forças policiais.” E onde uma ou duas hienas jurídicas (a escolha do animal prende-se com os seu hábitos alimentares e não com os sexuais), que este país sustenta, afirmarão que “Se realizou o Estado de Direito Democrático…”, “A justiça funciona…” e outras tretas do género.
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